A buva (Conyza spp.) está consolidada como uma importante planta daninha nos sistemas agrícolas brasileiros, sendo em algumas regiões, sem sombra de dúvida, a principal planta daninha nestes cultivos.
Esse destaque se dá, principalmente, devido a sua característica de apresentar biótipos resistentes a herbicidas, ocasionada pela pressão de seleção e que vem se intensificando com relatos recentes de novos casos de resistência, que demonstram a complexidade desta planta.
A buva vêm trazendo mais prejuízos do que imaginamos
As altas produtividade buscadas pelos produtores brasileiros estão baseadas no maior aproveitamento dos recursos provenientes do ambiente durante o crescimento e desenvolvimento da cultura. Para isso sabemos que as plantas precisam aproveitar ao máximo a disponibilidade de espaço, nutrientes, água e luz durante o ciclo para suprir suas demandas.
Portanto, quando uma planta daninha, neste caso, a buva, se apresente dentro do sistema de cultivo concomitante à espécie cultivada, irá competir pela disponibilidade destes recursos e causar perdas de rendimento. Isso demonstra a importância econômica das plantas daninhas para o produtor.
Alguns trabalhos já foram realizados a fim de se conhecer o quanto de produtividade da soja a buva é capaz de reduzir. Resultados apresentados por Gazziero e colaboradores, no Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas de 2010, demonstraram que populações relativamente baixas, de 4,7 plantas/m2, foram suficientes para ocasionar a perda expressiva de 23% na produtividade da soja.
Em pesquisa semelhante, Fornarolli e demais pesquisadores, constataram que a competição exercida por apenas 1 planta/m2 de buva reduziu a produtividade da soja em 1.500 kg/ha. Nota-se desta forma que são perdas de produtividade significativas para densidades baixas de buva, se considerarmos as altas populações que podem ser encontradas muitas vezes em campo conforme a Figura 1 pode ilustrar bem a interferência de buva em lavouras de soja.
Estes dados citados acima corroboram com os encontrados em quatro ensaios de perda de produtividade da soja por interferência com populações de buva, realizados pela equipe Supra Pesquisa, no Município de Palotina – PR, em que foram realizados dois experimentos na safra 2016/2017 e dois na safra 2017/2018. A média destes quatro experimentos encontra-se na Figura 2.
Estes resultados apresentados na Figura 2 demonstram que a perda média de produtividade com a presença de uma planta por metro quadrado foi de 565 kg/ha (13,8%), em comparação com área sem buva. Na presença de duas, três e quatro plantas por metro quadrado, a redução de produtividade causada pela competição foi de 859 kg/ha (21%), 928 kg/ha (22,8%) e 1.350 kg/ha (33%). Ao nível de infestação de 6 e 8 plantas/m2 a produtividade decresceu 1.753 kg/ha (43%), 1.969 kg/ha (48%).
Frente ao maior nível de infestação, 10 plantas/m2, a produtividade diminui 2.406 kg/ha, apresentando 59% de redução. Isso chama atenção para o fato que as cultivares modernas de soja vêm sofrendo mais com a interferência de plantas daninhas como a buva do que as cultivares antigas, isso devido ao maior teto produtivo e menor ciclo que estas apresentam, deixando-as mais “sensíveis” a estas perdas.
Além da perda de produtividade que pode ser muito expressiva, as plantas daninhas servem como ponte verde de doenças e pragas (Figura 3) e podem reduzir a qualidade dos grãos colhidos. Somado a isto, temos a grande problemática da resistência a herbicidas por dificultar e encarecer o controle de tais plantas, hoje, tida como a maior dificuldade encontrada pelos produtores no momento da dessecação pré-semeadura e durante o ciclo das culturas RR.
Mais algumas características desta planta “maligna”
Nesse cenário entra em destaque a buva, uma das espécies de plantas daninhas mais importantes nas lavouras de soja e milho na Região Oeste do Paraná, assim como nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e MatoGrosso do Sul. Havendo presença de três espécies de buva nestes locais, sendo, Conyza bonariensis, Conyza canadensis e Conyza sumatrensis, esta última a de maior presença na região Oeste do Paraná.
O ciclo da buva é anual para Conyza bonariensis e C. sumatrensis, havendo germinação no outono e inverno e pode ser bianual para a C. canadensis, de ocorrência na primavera/verão. A capacidade de produção de sementes, conforme a espécie, pode atingir até 350 mil sementes, estas apresentam características de serem muito pequenas e leves, favorecendo sua dispersão pelo vento.
Aproximadamente 90% das sementes produzidas atingem somente 100 metros de dispersão da planta mãe, caracterizando as conhecidas reboleiras nas lavouras, o restante, composto por os 10%, podem atingir 1000 metros de distância, havendo relatos de dispersão em até 50 km. Estas maiores distâncias são responsáveis pela disseminação das populações entre as regiões.
A infestação das áreas comerciais brasileiras, conforme estudos da Embrapa, atinge cerca de metade da área cultivada com soja, aproximadamente 16 milhões de hectares e sua abrangência cresce a taxa superior a 20% ao ano.
Panorama da resistência da buva a herbicidas
A buva, pertencente ao gênero Conyza, se encontra em varias regiões agrícolas do globo. Para termos ideia de sua presença global, o primeiro caso relatado de resistência ao herbicida paraquat ocorreu em Taiwan e no Japão em 1980, na espécie Conyza canadensis.
E, desde então, registraram-se 102 casos de resistência em mais de 20 países para seis mecanismos de ação. No Brasil tivemos o primeiro caso de resistência registrado em 2005, ao herbicida glyphosate, pertencente ao mecanismo de ação inibidor da EPSPs, nas espécies de C. bonariensis e C. canadenses, no Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul, respectivamente.
No ano de 2010 encontrou-se a mesma resistência na espécie de C. sumatrensis. Nessa espécie, em 2011, identificou-se resistência ao grupo dos inibidores da ALS, para o herbicida chlorimuron e resistência múltipla aos inibidores da ALS e EPSPs. Em 2016, a equipe Supra Pesquisa e colaboradores, confirmaram a existência de biótipos de buva (C. sumatrensis) resistentes ao herbicida paraquat, inibidor do fotossistema I.
Em 2017, também a equipe Supra Pesquisa e colaboradores comprovaram a resistência múltipla tripla para ALS, EPSP e Fotossistema I em C. sumatrensis. Ainda em 2017, outra equipe de pesquisa relatou a resistência da mesma espécie a cinco mecanismos de ação (paraquat, saflufenacil, 2,4-D, diuron e glyphosate).
Informações relacionadas a resistência de buva e outras plantas daninhas, são atualizadas constantemente e podem ser consultadas no “International Survey of Herbicide Resistant Weeds” (http://www.weedscience. org/). Frente a isto evidencia-se a grande problemática enfrentada atualmente por os produtores e pesquisadores, assim como, os desafios futuros para as instituições publicas e privadas em busca de soluções para seu manejo.
Mapeamento da buva resistente ao paraquat no Oeste do Paraná
Os primeiros relatos de escapes de buva ao herbicida paraquat ocorreram por agricultores e técnicos de Palotina-PR e Assis Chateaubriand-PR, durante as safras de 2014/2015 e 2015/2016. Na entressafra de 2016 experimentos realizados em campo em áreas diagnosticadas como suspeitas, pela equipe Supra Pesquisa e colaboradores comprovaram o problema e, na sequência foram realizadas baterias de experimentos em casa de vegetação, como será explicado a frente.
Após então confirmada a resistência ao paraquat, a equipe Supra Pesquisa buscou realizar testes em campo que permitissem diagnóstico prático e confiável da resistência da buva a paraquat na microrregião, pois esta região apresenta grande fluxo e desenvolvimento de buva após a colheita do milho de segunda safra, conforme pode ser visualizado na Figura 4 e 5.
Para isso foram efetuadas aplicações de paraquat, em faixas, em várias propriedades e sempre uma testemunha sem aplicação era mantida ao lado. As aplicações eram realizadas sob condições ambientais favoráveis, na dose de bula (400 g i.a./ha), utilizando volume de calda equivalente a 200 L/ ha. Para obter as frequências estimadas de buva resistente a paraquat, foi avaliado o número de plantas antes da aplicação e as que não foram controladas após a aplicação, considerando plantas apresentando de 6 a 10 folhas (de 4 a 8 cm).
Em algumas áreas foi possível fazer uma segunda aplicação de paraquat após uma semana, para confirmação do comportamento e em outras áreas, plantas que permaneceram sem sintomas foram coletadas, cultivadas em casa de vegetação e receberam nova aplicação após um mês. As que sobreviveram e produziram sementes, tiveram suas sementes coletas (F1) para realização de outros trabalhos científicos.
Esse processo a campo permite identificar e mensurar a frequência da dispersão e que se encontram as populações de buva. Os resultados encontrados nos permitem traçar estratégias para auxiliar na contenção e possível redução deste problema, por meio do controle mais eficiente dessas populações para evitar a dispersão para novas regiões do Brasil.
Este monitoramento continua sendo realizado nas entressafras até o momento, pelo grupo, com o objetivo de acompanhar a dispersão dessas populações e diagnosticar novas áreas com presença de resistência ao herbicida paraquat.
Até então, utilizando esta metodologia, foram diagnosticadas cerca de 70 áreas com presença de buva resistente ao paraquat (conforme Figura 6). Destaca-se que em nenhuma área houve presença de população com 100% das plantas com indicativo de resistência, o máximo encontrado de indicativo de resistência ficou próximo a 50%. Nota-se, conforme o mapa, que a dispersão se encontra em um momento inicial, havendo maior presença no interior do Município de Assis Chateubriandt – PR. Contudo, existem relatos da presença de plantas de buva com indicativo de resistência ao paraquat em outras regiões do Estado do Paraná, também no Sul do Mato Grosso do Sul, Centro de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul.
Destacando que a equipe Supra Pesquisa vem monitorando esta problemática em todas estas regiões citadas, com o auxílio de vários colaboradores. Salienta-se que na execução e acompanhamento da resistência da buva a herbicidas que continuará nos próximos anos, estão envolvidos pesquisadores da UFPR, da C.Vale Cooperativa Agroindustrial, HRAC-BR (Associação Brasileira de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas) como também produtores rurais, engenheiros agrônomos da extensão rural, iniciativa pública e privada, acadêmicos de graduação e pós-graduação.
Confirmação de resistência ao herbicida paraquat e resistência múltipla
Após o diagnostico e reconhecimento a campo das plantas com indicativo de resistência, estas foram cultivadas para produzirem sementes, suas sementes foram coletadas (F1) para dar continuidade a realização dos ensaios de confirmação de resistência ao herbicida paraquat, cumprindo todos os critérios exigidos para fim de confirmação da resistência na comunidade cientifica.
Assim, no ano de 2016 e 2017 foram conduzidos os ensaios para comprovação da resistência da buva ao herbicida paraquat, inicialmente em Palotina-PR e depois também em instituições parceiras, localizadas em Londrina – PR e Mogi Mirim-SP.
Nestes ensaios foram realizadas aplicações de paraquat nas doses de 0, 50, 100, 200, 400, 800, 1600 e 3200 g i.a./ ha e realizadas avaliações de porcentagem de controle e aferição de massa seca. Após, identificou-se um fator de resistência variando entre 3,57 e 34,29, isto é, as plantas de buvas resistentes sobreviveram a doses 3,57 a 34,29 vezes superiores as doses utilizadas para controlar plantas do mesmo local que não apresentavam resistências.
Cabe destacar que os biótipos resistentes ao paraquat também são resistentes ao diquat, devido a semelhança entre os produtos. Complementar a esta identificação seguiram-se trabalhos realizados somente em Palotina/PR, para verificar a possibilidade destas plantas apresentarem resistência múltipla a herbicidas, neste caso, ao glyphosate, chlorimuron e paraquat.
Uma vez que, nesta região a presença de plantas de buva com resistência múltipla ao glyphosate e chlorimuron já era relatada. Para tanto, a partir de sementes (F2) coletadas de vários biótipos de plantas de buva já identificadas como resistentes ao herbicida paraquat, procederam os experimentos de dose-resposta em casa de vegetação para os três herbicidas citados acima.
As aplicações foram realizadas no estádio de desenvolvimento em que as plantas apresentavam 6 a 8 folhas, com cerca de 8 cm de altura. Ao final do período de avaliações, a equipe Supra Pesquisa e colaboradores comprovaram também a resistência múltipla aos herbicidas paraquat, glyphosate e chlorimuron.
Ferramentas para um manejo adequado da buva
Nos últimos anos tem sido verificado um crescimento gradativo da infestação de buva nas áreas agrícolas cultivadas, principalmente com a cultura da soja, tornando-se está uma das principais plantas daninhas que interferem nesta cultura, esse fato é decorrente da alta adaptabilidade dessa planta aos sistemas de produção e da evolução de biótipos resistentes a herbicidas, como explicado acima.
Neste contexto, temos que pensar em estratégias de controle focadas no sistema de produção como um todo. Em que mais no Sul (regiões mais frias) devemos manejar bem as culturas de inverno, como trigo, aveia, cevada e etc, para que elas possam ser colhidas “no limpo”, e não se encontrem repletas de buva como observamos várias vezes. Já onde é instalado o milho de segunda safra após a colheita da soja (prática observada em cerca de 11 milhões de ha no Brasil) o uso de bons pré-emergentes aplicados na cultura do milho é essencial.
Como exemplo citamos a conhecida atrazine, que segundo levantamentos realizados na Região Oeste do Estado do Paraná, pela equipe Supra Pesquisa, áreas que receberam aplicação de atrazine, em dose completa no milho safrinha, após a colheita deste apresentaram número bem inferior de plantas de buva e as plantas que eram encontradas apresentavam-se mais jovens, quando comparadas a áreas que não receberam aplicação de atrazine ou que receberam aplicação de sub-doses com foco somente no controle de soja voluntária.
Assim destacamos a importância dos herbicidas pré-emergentes no sistema de produção, devendo ser posicionado em mais de um momento durante o ano agrícola, não somente antes da semeadura da soja. Alguns produtores preferem aplicar logo após a colheita do milho outros preferem aplicar pouca antes da semeadura da soja, independente do momento de aplicação e do préemergente aplicado, o importante é utilizar esta prática.
Isso ajuda a diminuir o banco de sementes na área, diminui a pressão de seleção retardando o surgimento de novos casos de resistência e favorece a rotação de mecanismos de ação. Quando falamos de buva com resistência somente a glyphosate ou com a resistência tripla (glyphosate, chlorimuron e paraquat) o bom é controlar a planta no estádio ideal, seja na dessecação ou em pós-emergência da cultura.
O ideal é que a buva esteja ainda bem jovem (ou o mais jovem possível), apresentando de 2 a 8 folhas. Quando as plantas estão mais velhas e após terem passado por estresses por seca ou geadas, começa a se pensar em práticas menos efetivas.
Em regiões que apresentam a buva resistente somente a glyphosate ou resistente a glyphosate e chlorimuron, não tendo resistência a paraquat (que é grande parte da área agrícola do Brasil), a aplicação de glyphosate associada a algum produto auxínico, e uma aplicação sequencial de paraquat 7 a 10 dias após a primeira aplicação tem demonstrado bons resultados.
Com relação ao auxinicos a ser utilizado o mais comum de ser posicionado junto ao glyphosate é o 2,4-D, porém em algumas regiões, como o Oeste paranaense, sua eficiência as vezes vem deixando a desejar, em que, resultados da equipe Supra Pesquisa demonstram melhor eficiência na utilização de triclopyr e principalmente de dicamba associados ao glyphosate, porém estes devem ser aplicados cerca de 30 dias antes da semeadura da soja.
Quando pensamos nas áreas com a presença de buva resistente a paraquat (e consequentemente a diquat), mesmo que em momentos inicias como ilustrado na Figura 7, ou se levarmos em consideração o risco da proibição total do paraquat, o cenário fica mais complexo, pois alguns herbicidas não tem registro para esta está espécie e, os que tem registro não substituem totalmente o paraquat.
Porém existem produtos atualmente disponíveis no mercado que podem substituir parcialmente o paraquat e de maneira muito eficiente, desde que bem posicionados. São exemplos o amônioglufosinato e o saflufenacil, este último deve ser sempre aplicado em associação com glyphosate.
Neste sentido, nas últimas safras, a equipe Supra Pesquisa tem realizado vários experimentos em campo e em casa de vegetação, na busca dos posicionamentos mais adequados possíveis (Figuras 8 e 9). Quando falamos de controlar plantas daninhas com herbicidas é sempre importante deixar claro algo: o herbicida não cria a resistência, o resistente já existe no ambiente e em frequências bem baixas na população de plantas.
O que o herbicida faz é a acelerar o processo de seleção, ou seja, provocar a tal pressão de seleção. Na pressão de seleção pelo uso continuado do mesmo mecanismo de ação, matam-se as “fracas” ou suscetíveis e ficam as “fortes” ou resistentes.
As plantas resistentes multiplicam-se, tornando-se a população dominante. Dentro do manejo antecipado ou consciente da buva, é extremamente oportuna a utilização de sistemas de consórcio de milho com braquiária e demais integrações, bem como as conhecidas e pouco utilizadas culturas de cobertura, podendo ser a própria braquiária solteira, aveia, milheto e as crotalárias, em que, algumas são ótimas também para manejo de nematoides.
As vezes o investimento em culturas de cobertura parecem não trazer retorno financeiro imediato, mas se levarmos em consideração o aumento de custo que temos com o controle da buva resistente a glyphosate, chlorimuron e paraquat, e o prejuízo que ela pode nos causar na lavoura de soja, o investimento na cultura de cobertura já se paga, além dos outros inúmeros benefícios que elas geram a médio e longo prazo, pensando-se no sistema de produção como um todo.
Deve-se lembrar que quando fazemos um manejo mal feito para a buva também deixamos de manejar outras espécies de plantas daninhas de folhas largas, como trapoeraba, poia branca, apaga fogo, erva quente, corda de viola, picão preto e leiteiro, estas plantas estão tomando mais espaço a cada safra. Neste sentido senão tomarmos providências urgentes algumas espécies que consideramos secundárias hoje podem se tornar problemas maiores ou iguais a buva em breve, e atualmente quando fazemos um manejo eficiente para buva nós controlamos também estas outras.
Cada vez mais se faz necessário o manejo integrado de plantas daninhas (MIPD), que envolva rotação de culturas, consórcios que gerem palhada, manejo sustentável das transgenias (incluindo as que surgirão em breve) e uso racional de herbicidas. Além de evitarmos a disseminação através das colhedoras, que são um dos fatores muito importantes nesse processo.
No manejo integrado de plantas daninhas - MIPD, visa-se o uso racional de herbicidas, que além de uma dessecação antecipada feita o quanto antes, é importante a associação de produtos, as aplicações sequenciais, a rotação de mecanismos de ação, o uso de pré-emergentes, uso de doses cheias, adequação de adjuvantes um mínimo de volume de calda por hectare de 100 litros para produtos sistêmicos e 150 litros para produtos de contato, e atentar-se aos estádios de aplicação da planta daninha e períodos de interferência.
Por fim, salienta-se que várias iniciativas vêm ocorrendo, visando o levantamento e mapeamento da buva resistente a diferentes herbicidas, focados na Região Oeste do Estado do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e no país vizinho Paraguai. Esse referido trabalho em execução irá até 2020 e conta com a parceria entre a Cooperativa Agroindustrial C.Vale, UFPR, Supra Pesquisa, HRAC-BR e demais instituições parceiras.
Referências
Indicação de leitura:
Buva: Fundamentos e Recomendações para Manejo. OmniPax Editora - online. http://omnipax. com.br/site/?page_id=203
Circular Técnica 132: Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil. Embrapa. https://www.embrapa.br/ busca-de-publicacoes/-/publicacao/1074026/ impacto-economico-da-resistencia-de-plantasdaninhas-a-herbicidas-no-brasil
Indicação de consultas:
http://www.weedscience.org
https://www.hrac-br.org
http://www.supra.ufpr.br