Cenários da Pesquisa


Autores: Equipe Editorial Revista Plantio Direto
Publicado em: 30/04/2018

Contribuição do nitrogênio derivado da suplementação mineral em sementes para plântulas de soja

Foi publicado no periódico Ciência e Agrotecnologia resultados de um experimento realizado em 2014 em Santa Maria/RS, com o objetivo de avaliar a contribuição de N da suplementação mineral em sementes com diferentes teores nutricionais, para plântulas de soja.

O trabalho foi conduzido por Gerusa Massuquini Conceição da UNIJUÍ, em Ijuí/RS e outros pesquisadores da UFSM, Santa Maria/RS.

Como foi feito: Sementes de soja de uma mesma cultivar, com diferentes teores nutricionais foram tratados com diferentes doses de suplementação mineral. Depois disso foram avaliadas as características de peso de mil sementes, germinação, teor de umidade, as plântulas após a semeadura e quantidades de N.

Resultados: A maior parte do nitrogênio nas plântulas de soja 10 dias após a semeadura veio das reservas da semente, tanto nas sementes com maior conteúdo nutricional quanto nas com menor conteúdo. Assim, os resultados apontam que aplicação de nitrogênio em suplemento mineral na semente é de pouca importância para a nutrição e desenvolvimento da plântula.

Mais detalhes em Ciênc. agrotec. vol.42 no.1 Lavras Jan./Feb. 2018


Doses de potássio em culturas antecessoras e efeito na soja em sucessão

Foi publicado no periódico Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental como resultados de um experimento realizado entre 2012 e 2015 na área experimental da UNESP, em Selvíria/SP.

O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento produtivo da soja em função das doses de potássio aplicados nas culturas anteriores, associados ou não com adubação de cobertura com K.

O trabalho foi conduzido por João W. Bossolani e outros pesquisadores da UNESP.

Como foi feito: Em um Latossolo Vermelho distroférrico de textura argilosa com clima tropical úmido (Aw na classificação de Köppen) com verão chuvoso e inverno seco, foram testados 4 doses de potássio (na forma de cloreto de potássio) em 3 culturas antecessoras à soja (milho, milheto e sorgo). Além disso, após as culturas antecessoras, foi testado a utilização de aproximadamente 85 kg/ha de cloreto de potássio (KCl) aplicado à lanço, sendo que o experimento foi repetido por 4 anos.

Resultados:
1. Milheto tem maior teor de K na palhada do que sorgo e milho;
2. A quantidade de K que retorna ao solo com resíduo de milheto é similar a promovida pelo cultivo de milho como cultura antecessora;
3. As doses de K aplicadas nas culturas antecessoras não alteram a quantidade de palha e o teor de K nessas culturas (milho, sorgo e milheto);
4. A maior produtividade de soja foi obtida na palhada de milheto com cloreto de potássio em cobertura, independente da dose aplicada na cultura anterior;
5. O uso do milheto antes da soja não dispensa a adubação em cobertura com potássio.

Mais detalhes em Rev. bras. eng. agríc. ambient. vol.22 no.2 Campina Grande Feb. 2018.


Sistema agrosilvipastoril aumenta supressividade ao tombamento da soja causado por Rhizoctonia solani e altera a densidade de populações de Fusarium e Trichoderma

Foi publicado no periódico Acta Scientiarum Agronomy resultados de um experimento realizado em Ponta Grossa/PR.

Este trabalho investigou a influência de sistemas agropastoril (AP) e agrosilvipastoril (ASP), comparados com lavoura não integrada (CO) na supressão de Rhizoctonia solani e na densidade de propágulos de Fusarium e Trichoderma.

O trabalho foi conduzido por Alexandre Dinnys Roese e outros pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Florestas e da Universidade Federal do Paraná.

Como foi feito: Foram avaliados três sistemas de produção: integração lavoura-pecuária (ILP), integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e lavoura sem integração. Todos os sistemas possuíam soja e milho de forma alternada. O pasto em todos os sistemas era composto de consórcio entre aveia-preta e azevém, com pastejo ininterrupto de 90 a 120 dias no inverno, mantendo a altura de corte em 20 cm. As árvores do sistema ILPF foram eucalipto e grevílea robusta, alternadas em linhas com espaçamento de 14 m, e espaçamento entre arvores na linha de 4,5 m. Foram coletadas amostras de solo aleatoriamente e em duas épocas para análise microbiológica, seguido de teste em Casa de Vegetação com plantas de soja.

Resultados: Esse foi provavelmente uma das primeiras pesquisas focando doenças de lavoura em sistemas ILPF, e pesquisas futuras devem investigar a influência desse sistema complexo em relação a outras doenças. Os resultados apontaram que a diversificação promovida pela ILPF na região subtropical do Brasil tem o potencial de reduzir Rhizoctonia solani e Fusarium spp. , além de aumentar microorganismos benéficos como Trichoderma spp. no solo.

Mais detalhes em Acta Sci., Agron. vol.40 Maringá 2018 Epub Feb 05, 2018


Sucessão soja/milho em função da época de semeadura

Foi publicado no periódico Pesquisa Agropecuária Brasileira resultados de um experimento realizado nas safras 2013/2014 até 2015/2016 em Dourados/MS.

O objetivo do trabalho foi avaliar a produtividade de cultivares de soja e milho em sucessão, em diferentes épocas de semeadura.

O trabalho foi conduzido por Rodrigo Arroyo Garcia e outros pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste e da Universidade Federal da Grande Dourados.

Como foi feito: Em um Latossolo Vermelho distroférrico de textura muito argilosa com clima tropical monsônico (Am na classificação de Köppen), foram testadas 4 épocas de semeadura da soja: meados de setembro; inicio de outubro; meados de outubro e inicio de novembro. Foram usados os genótipos BRS 284, BRS 360 RR, BRS 388 RR e BRS 1001 IPRO para cada período respectivamente (grupos de maturação: 6.3, 6.2, 6.4, e 6.1, respectivamente). Foram testadas também 4 épocas de semeadura do milho: final de janeiro/inicio de fevereiro; meados de fevereiro; inicio de março e meados de março, usando os genótipos BRS 1010 e DKB 390 PRO, ambos com ciclo precoce.

Resultados:
1. Embora a produtividade de soja seja muito afetada pela época, a semeadura entre o fim de setembro e início de outubro resultou em produtividades maiores no longo prazo;
2. No experimento, o plantio de milho em sucessão na metade de fevereiro teve a maior produtividade. Nessa região, portanto, não se faz necessário antecipar o plantio de soja para plantar o milho em janeiro;
3. A Sucessão soja-milho em que a soja é plantada no inicio de outubro e o milho na metade de fevereiro teve resultado relativo maior e reduz o risco climático para essas culturas na região.

Mais detalhes em Pesq. agropec. bras. vol.53 no.1 Brasília Jan. 2018


Fitossociologia de plantas daninhas na região sudoeste de Goiás

Foi publicado no periódico Acta Scientiarum. Agronomy resultados de um experimento realizado na safra 2012/2013 na região sudoeste de Goiás.

Esse trabalho teve o objetivo de realizar um estudo “fitossociológico” em áreas de soja RR e soja convencional como cultura principal e sorgo, milho e milheto como segunda cultura no sudoeste de Goiás.

O trabalho foi conduzido por Weverton Ferreira Santos e outros pesquisadores da Universidade de Rio Verde/GO, Embrapa Tabuleiros Costeiros e da Universidade do Tocantins.

Como foi feito: Em uma região com clima chuvoso no verão e seco no inverno (tipo Aw segundo Koppen), foram avaliados quatro municípios quanto às populações de plantas daninhas em sistemas de lavoura com soja RR, soja convencional, além de milho, milheto e sorgo, bem como pousio. Foram avaliados três períodos: antes da dessecação; antes da primeira aplicação de herbicida (20 dias após a semeadura) e antes de aplicação de herbicida, 20 dias após a semeadura da segunda cultura.

Resultados: As espécies: Alternanthera tenella, Chamaesyce hirta, Cenchrus echinatus, Conyza bonariensis, Glycine max, Commelina benghalensis, Sida glaziovii, e Praxelis pauciflora foram as mais abundantes em número de plantas e biomassa seca, independente do tipo de soja cultivada, de segunda cultura ou do momento da avaliação. As espécies Chamaesyce hirta e Bidens subalternans ocorreram tipicamente em soja RR. Cenchrus echinatus mostrou valores indicativos em áreas de cultivo de sorgo na safrinha. Para milho, Crotalaria spectabilis é típica do milho, enquanto que Commelina benghalensis, Sida glaziovii, Ipomoea grandifolia, Sida rhombifolia, Ipomoea cordifolia, e Conyza bonariensis são típicas para milheto. A dessecação antes do plantio da soja teve o maior número de espécies diferentes.

Mais detalhes em Acta Sci., Agron. vol.40 Maringá 2018 Epub Feb 05, 2018.