Desempenho agronômico de cultivares de soja em sistema agroflorestal
Foi publicado recentemente no periódico Pesquisa Agropecuária Tropical os resultados de um experimento que aconteceu nas safras de 2014/2015 e 2015/2016, no município de Londrina, no Paraná.
O objetivo do trabalho foi avaliar os componentes de rendimento, a produtividade e a qualidade de grãos de cultivares de soja, em sistema agroflorestal com Eucalipto. A pesquisa foi conduzida por Flávia Werner, André Sampaio Ferreira e Marcelo de Aguiar e Silva, da Universidade Estadual de Londrina, e por Alvadi Balbinot Jr. e Júlio Cezar Franchini, da Embrapa Soja, em Londrina/PR.
Como foi feito: Em uma área de Latossolo vermelho distroférrico, com altitude de 500 m e clima subtropical úmido, foram plantadas em 2010 cerca de 250 árvores de eucalipto/ha, em um sistema de integração de lavoura e floresta, rotacionando lavouras de soja, milho, trigo e aveia-preta entre as linhas de árvores.
Em novembro de 2014 e novembro de 2015 foram plantadas parcelas de 4 cultivares de soja com manejo padrão, com grupos de maturação relativa de 5.9 a 6.7. Foram avaliados os componentes do rendimento, produtividade e qualidade de grãos em 5 posições entre as linhas de eucalipto conforme a figura 1: parcela central; parcela das extremidades leste e oeste e parcelas intermediárias.
Resultados: A conclusão foi que os componentes de rendimento e a produtividade da soja reduzem quanto mais perto as plantas estiverem das linhas de eucalipto, embora sem redução no teor de proteína e óleo no grão. Dentre as cultivares avaliadas, a NA 5909 RR apresentou melhor desempenho agronômico em sistema integrado com eucalipto.
Para saber mais: Pesquisa Agropecuária Tropical, vol.47, no 3, Goiânia Jul./Set. 2017
Dose única e fracionada do nitrogênio nos indicadores de produtividade do trigo
Os resultados de um experimento que aconteceu nas safras de 2014 e 2015, no município de Augusto Pestana, no Rio Grande do Sul, foram publicados no periódico Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental.
O objetivo do experimento foi avaliar a maior eficiência de uso do nitrogênio nos indicadores de produtividade do trigo, fornecendo esse nutriente de forma única ou fracionada, em ano favorável e desfavorável, e em sistema com alta e reduzida liberação de nitrogênio residual. O trabalho foi conduzido por Juliane Costa e outros pesquisadores da Unijuí, de Ijuí, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre/RS.
Como foi feito: Em um Latossolo vermelho distroférrico típico com clima subtropical úmido foi semeado trigo em dois sistemas de sucessão: trigo após soja (liberação baixa de nitrogênio da palha) e trigo após milho (liberação alta de nitrogênio da palha) durante dois anos seguidos.
Foram testadas 4 quantidades de nitrogênio diferentes (0 kg/ha, 30 kg/ha, 60 kg/ha e 120 kg/ha) e também três formas de aplicação: aplicação única no trigo com três folhas; aplicação de 70% do nitrogênio no trigo com 3 folhas e 30% do nitrogênio no trigo com 6 folhas; e também aplicação de 70% do nitrogênio no trigo com 3 folhas e 30% do nitrogênio no trigo em enchimento de grãos.
Resultados: Os resultados do experimento apontam que a maior produtividade do trigo no ano favorável foi atingida com uma só dose de nitrogênio, e no ano desfavorável foi atingida com uma dose fracionada em plantas com três e seis folhas.
Para saber mais: Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. vol.22, no1, Campina Grande, Janeiro de 2018
Desenvolvimento inicial e produtividade em cana-deaçúcar a partir de diferentes propágulos
Foram publicados os resultados de um experimento que aconteceu na safra de 2013/2014, em Tabapuã, em São Paulo. O objetivo do experimento foi avaliar a influência dos tipos de propágulos no plantio de cana-de açúcar.
O trabalho foi conduzido por Jorge Baracat Neto e outros pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba/SP.
Como foi feito: Em um latossolo com teor de 20,5% de argila e clima tropical com estação seca (temperatura média de 24ºC e precipitação de 1389 mm/ano) foi plantada cana-de-açúcar a partir de colmos de cana cortados com 2, 3 ou 4 gemas, em diferentes alturas de corte (ápice, meio ou base) com manejo padronizado de fertilizantes e de tratamentos fitossanitários.
Resultados: O comprimento do corte de cana afetou a brotação, desenvolvimento inicial da planta, produtividade e açúcar colhido por hectare. Cortes da posição apical e central tiveram maior brotamento, altura de planta, diâmetro de colmo, assim como produtividade. No entanto, com o aumento do tamanho do corte, ou seja, a medida que aumenta o número de gemas, essa diferença não ocorre.
Saiba mais em: Pesquisa Agropecuária Tropical, vol.47 no 3 Goiânia Jul./Set. 2017.
Nitrogênio na solução do solo e em plantas de arroz irrigado sob adubação com fertilizantes nitrogenados de liberação controlada
Foram publicados resultados de um experimento realizado em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul no periódico Ciência Rural. O objetivo do experimento foi avaliar a solubilização e a eficiência do nitrogênio de fertilizantes de liberação controlada em arroz irrigado. O trabalho foi conduzido por Thais Veçozzi e outros pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas e da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS.
Como foi feito: O experimento foi feito em casa de vegetação, testando diferentes aplicações de nitrogênio em arroz irrigado aos 13 dias após emergência:
1) Sem nitrogênio
2) Ureia fracionada na pré-semeadura, em cobertura 12 dias após emergência, com 4 folhas e aos 34 dias após emergência, com 8 folhas.
3) Ureia em pré-semeadura incorporada no solo.
4) Ureia recoberta com polímero (PCU 60) incorporada no solo em pré-semeadura (liberação de 30% do nitrogênio aos 15 e 100% aos 60 dias).
5) Ureia recoberta com polímero (PCU 90) incorporada no solo em pré-semeadura (liberação de 20% do nitrogênio aos 15, 80% aos 60 dias e 100% aos 90 dias).
Resultados: As ureias recobertas por polímeros não mantiveram os teores de nitrogênio em solução por período superior ao da ureia, e a eficiência do nitrogênio das ureias recobertas avaliadas foi semelhante à da ureia comum, não aumentando o tempo de liberação do nutriente em cultivo de arroz irrigado.
Saiba mais em Ciência Rural, vol. 48, no 1, Santa Maria, 2018, Epub Dec 18, 2017
Produtividade do milheto em três densidades de semeadura e duas alturas de corte
Foram publicados resultados de um experimento realizado em 2012 no município de Jataí, em Goías, no periódico Ciência Animal Brasileira. O objetivo do trabalho foi avaliar a produção do milheto em diferentes densidades de semeadura e manejado em duas alturas de corte.
O trabalho foi conduzido por Josilene Trindade e outros pesquisadores das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, de Barra de Garças no Mato Grosso, e da Universidade Federal de Goiás, em Jataí, em Goiás.
Como foi feito: Em um latossolo vermelho distroférrico com textura argilosa, 670 m de altitude e clima tropical com estação seca foi feita semeadura do milheto em 15 de março, após a colheita da soja, em espaçamento de 45 cm, usando três quantidades de semente diferentes (10 kg/ha, 15 kg/ha e 20 kg/ha) e duas alturas de corte (50 cm e 70 cm), mantendo altura residual de 20 cm.
Resultados: A quantidade de semente por hectare não teve efeito sobre a produção do milheto. Nesse experimento, 10 kg de sementes/ha foi suficiente para uma densidade de plantas acima do recomendado. Em condições de falta de água, e limitações na temperatura e fotoperíodo como nesse experimento, não foi possível realizar dois cortes, e nesse sentido, recomenda-se manejar o milheto na altura de 50 cm ou fazer o plantio antes de março.
Para saber mais: Ciênc. anim. bras. vol.18 , Goiânia 2017 Epub Aug 21, 2017
Qualidade da aplicação de produtos fitossanitários utilizando dois espectros de gota em três períodos do dia
O experimento avaliou a deposição e cobertura da pulverização nos terços superior, médio e inferior da cultura da soja e quantificou as perdas para o solo, com aplicações em 3 horários do dia e 2 tamanhos de gota. O trabalho foi conduzido por Carlos Graziano e outros pesquisadores da Universidade Estadual do Norte do Paraná, de Bandeirantes, e da UEL, em Londrina/PR.
Como foi feito: Foram feitas aplicações com um pulverizador hidráulico montado no trator com 3,5 m de barra e 7 bicos com espaçamento de 50 cm e altura da barra mantida a 0,5 m acima do dossel das plantas.
As pulverizações foram feitas entre as 9 e 10h, 14h e 15h, e 18h e 19h, testando gotas finas (100 a 175 µm) e grossas (250 a 375 µm), pulverizando uma mistura de água e corantes.
Resultados: No experimento, a aplicação de produtos fitossanitários às 14h aumentou a cobertura nas folhas no terço médio das plantas, mas também aumentou as perdas para o solo.
A aplicação pela manhã usando gotas finas melhorou a cobertura e deposição nos terços médio e superior das plantas. Comparadas com gotas grossas, as gotas finas não interferiram com perdas para o solo.
Para saber mais: Eng. Agríc. vol.37 no 6 Jaboticabal Nov./Dec. 2017
Interferência de espécies de corda-de-viola no desenvolvimento e produtividade de soja
Dois experimentos foram realizados nas safras de 2011/2012 e 2012/2013 nos municípios de Pato Branco e Renascença no Paraná, respectivamente com o objetivo de determinar o impacto de diferentes densidades de 2 espécies de corda-de-viola em diferentes ambientes na produtividade e desenvolvimento de soja.
O trabalho foi realizado por Fortunato Pagnoncelli e outros pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Pato Branco/PR, e por Ribas Vidal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre/RS.
Como foi feito: Em um latossolo vermelho distroférrico com clima subtropical úmido foram avaliadas duas parcelas de soja, cada uma contendo uma espécie de corda-de-viola: Ipomoea grandifolia e Ipomoea purpúrea, sendo que cada parcela foi dividida com diferentes quantidades da planta daninha: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 15 e 20 plantas/m² e foram avaliadas as características agronômicas e produtividade da soja.
Resultados: O experimento mostrou que a quantidade de plantas de corda-de-viola dentro do cultivo é mais importante para a produtividade do que o ambiente ou a espécie. Uma planta de corda-de-viola por m2 pode reduzir a produtividade de soja em aproximadamente 26%. O impacto no município de Renascença foi mais intenso do que em Pato Branco e o impacto negativo da espécie I. purpurea no crescimento da soja é maior do que da espécie I. grandifolia.
Para saber mais: Bragantia vol.76 no 4 Campinas Oct./Dec. 2017 Epub Aug 14, 2017
Qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja colhidas em diferentes épocas e submetidas a armazenamento
O experimento realizado em Lavras na safra de 2013/2014 teve como objetivo avaliar a qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja colhidas em oito épocas diferentes e armazenadas por dois períodos diferentes.
O trabalho foi realizado por Alan Mario Zuffo e outros pesquisadores da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, em Cassilândia/MS, da Universidade do Estado do Mato Grosso em Nova Xavantina/MT e da Universidade Federal de Lavras, em Lavras/MG. Como foi feito: Em um Latossolo vermelho eutroférrico, com altitude de 918 m, e clima do tipo subtropical úmido com inverno seco foram plantadas parcelas de soja, colhidas em diferentes épocas: 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 dias após o estágio R8 (quando 95% das vagens tem coloração de madura), e depois armazenadas por 0 e 8 meses.
Foram feitos testes para o teor de água, emergência, matéria seca da planta, germinação, envelhecimento acelerado, condutividade elétrica, dano mecânico, tetrazólio e sanidade. Resultados: Adiamento da colheita das sementes em 10 dias após a maturação fisiológica reduz o vigor e germinação da semente, além de aumentar a incidência de doenças. Independente da época de colheita, as sementes armazenadas por 8 meses tiveram redução na qualidade fisiológica e aumento da incidência de Phomopsis spp.
Para saber mais: Pesqui. Agropecu. Trop. vol.47 no 3 Goiânia July/ Sept. 2017