Riscos e oportunidades para aplicações de fungicidas com volumes de calda reduzidos


Autores:

Walter Boller; Laercio Luiz Hoffmann; Rafael Roehrig; Bianca de Moura; Amanda Chechi

Publicado em: 31/10/2020

 Introdução

Com exceção dos produtos formulados para pronto uso, a grande maioria dos defensivos agrícolas utilizados no campo requer diluição em água. Nesse sentido, nos últimos 25 anos, observa-se uma forte tendência para a redução dos volumes de aplicação, sendo que em alguns casos já se utilizam volumes em torno de 1/10 do que se praticava na década de 1980/1990.

Diversos fatores, aliados à busca da redução de custos, contribuem de forma decisiva para a adoção de volumes de pulverização cada vez menores (maior área pulverizada com o volume contido em um tanque do pulverizador e menor tempo perdido com reabastecimento da máquina). Situações particulares como a falta de um dimensionamento adequado dos pulverizadores para a área cultivada e para o número de aplicações necessárias, também contribuem para a adoção de volumes de pulverização reduzidos.

De outro lado, a definição do volume de pulverização adequado para cada tipo de produto depende das características do mesmo e não raro de aspectos da própria cultura a ser pulverizada. Via-de-regra, herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes sistêmicos requerem menor cobertura dos alvos e podem ser pulverizados com volumes menores, valendo o contrário para herbicidas de contato.

Já para fungicidas protetores (multissítios), há necessidade da máxima atenção com a cobertura dos alvos e por consequência são necessários maiores volumes de aplicação. Fungicidas penetrantes e inseticidas requerem cobertura dos alvos intermediários entre herbicidas e fungicidas protetores.

Há que se considerar ainda que na atualidade é comum a pulverização de misturas de diversos produtos em tanque e nesses casos deve-se atender às necessidades do produto mais exigente em cobertura, lembrando também que os menores volumes de pulverização dificultarão a diluição e homogeneização da calda.

Para embasar uma discussão sobre o tema, voltada para aplicações de fungicidas em soja, serão inseridos os resumos de alguns trabalhos conduzidos no campo experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo, no município de Passo Fundo - RS, altitude de 687 m, latitude de 28⁰ 15’S e longitude de 52⁰ 24’W, durante as safras de 2014/2015 até 2016/2017.

Todas as aplicações de fungicidas foram realizadas sob condições adequadas do ar (temperatura abaixo de 30⁰C, umidade relativa do ar maior que 50% e velocidade do vento entre 3,0 e 10,0 km/h).

ENSAIO 1: Aplicações de fungicida para o controle da ferrugem asiática da soja com baixo volume de calda1

Autores: Laércio Luiz Hoffmann; Emanuel Fontana; André Bedin; Rodrigo Feron; Walter Boller

O trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de controle da ferrugem asiática da soja, quando se utiliza baixo volume de calda e diferentes adjuvantes nas aplicações do fungicida azoxistrobina + solatenol, em comparação com o volume padrão de 130 L/ha.

O experimento foi conduzido durante a safra 2014/2015, com soja cv. SYN VTop® RR, de hábito indeterminado,  com  ramificação  média/alta e estatura alta (acima de 0,90m) semeada em 24/11/2014 (300.000 plantas/ha), seguindo-se o manejo preconizado para cultura.

Com a soja no estádio V6, aplicou-se o fungicida azoxistrobina + ciproconazol, na dose de 300 mL p.c./ha em todas as parcelas (exceto a testemunha). Com a cultura em estádio R2 (02/02/2015) e 18 dias após, foram realizadas duas aplicações tratorizadas para a aplicação do fungicida Elatus® (azoxistrobina + solatenol) na dose de 200 g p.c./ ha.

O fungicida foi pulverizado com volume de 30 L/ha, sem adjuvante, com adjuvante (150 mL/ ha de fertilizante foliar com 10% de N e 10% de P2O5) e com esse adjuvante acrescido do óleo mineral Nimbus® a 600 mL/ha.

Ainda, 

foi utilizado um tratamento com volume de 130 L/ha e adjuvante Nimbus® na dose de 600 mL/ha. Para aplicar 30 L/ha foram utilizadas pontas de jatos planos duplos (11001), à pressão de 200 kPa (2,0 bar), gerando gotas de categoria muito fina (61-105 mm - ASABE, 2009). Para o volume de 130 L/ha, utilizou-se pontas da série Teejet XR 11002, também à pressão de 200 kPa, produzindo gotas de categoria fina (a 106 – 235 mm).

A manutenção da área foliar da cultura no estádio R6 (enchimento de grãos) foi comprometida na testemunha sem aplicação de fungicidas (Tabela 1) e da mesma forma nos tratamentos onde se utilizou um baixo volume de calda (30 L/ha).

Por outro lado, somente quando se utilizou o volume de calda recomendado pelo fabricante do fungicida (130 L/ ha), a percentagem de área verde se manteve em nível satisfatório.

Isso também foi observado com a desfolha, quantificada no estádio R7 da cultura (início da maturação fisiológica), que ficou comprometida tanto na testemunha sem fungicida quanto nos tratamentos com baixo volume, mantendo maior quantidade de folhas somente no tratamento com 130 L/ha.

O rendimento de grãos confirmou a tendência das avaliações de área foliar verde e desfolha, sendo que os tratamentos que mantiveram as folhas verdes por mais tempo foram os mais produtivos.

O tratamento padrão (130 L/ha) foi o mais produtivo, porém o tratamento com volume de calda baixo (30 L/ha), com adição do adjuvante a base de óleo mineral não diferiu estatisticamente, o que pode ser devido à maior proteção das gotas proporcionada pela ação desse adjuvante.

Concluiu-se  que  as  pulverizações do fungicida azoxistrobina + solatenol com baixo volume de calda e sem a adição do adjuvante recomendado pelo fabricante não permitem que o mesmo expresse o seu potencial de proteção das plantas de soja contra a ferrugem asiática.

Quando se adiciona o adjuvante recomendado pelo fabricante, tanto em aplicações de baixo volume de calda quanto naquela indicada pelo fabricante do fungicida (130 L/ ha), a área foliar se mantem verde por mais tempo e o rendimento de grãos é superior.

ENSAIO 2: Efeitos de volumes de aplicação de fungicida na cultura da soja2

Autor: Rafael Roehrig

O objetivo do trabalho foi estimar os impactos de diferentes volumes de calda abaixo e acima de 100 L/ha em aplicações de fungicidas para o controle da ferrugem- asiática da soja. O trabalho foi conduzido durante a safra 2015/16, com a cultivar de soja NS 5909 RR, com hábito de crescimento indeterminado, semeada em 07 de dezembro de 2015 (295.000 plantas/ ha).

A primeira aplicação de fungicidas foi no estádio V7 (propiconazol + difenoconazol - 37,5 g + 37,5 g i.a./ha) associado à azoxistrobina+ ciproconazol (60 g + 24 g i. a./ha).

Na segunda aplicação (estádio R1) e na terceira aplicação, 18 dias após R1, aplicou-se azoxistrobina+ benzovindiflupir (60g + 30 g i. a./ ha). Na quarta aplicação, 33 dias após R1, utilizou-se azoxistrobina+ ciproconazol (60g + 24 g i. a./ha).

Foram comparados cinco volumes de calda (40, 70, 100, 130 e 160 L/ ha) e a todos os fungicidas foi adicionado o óleo mineral Nimbus®, na dose de 0,60 L/ha. As variações nos volumes de calda/ha foram obtidas com a utilização de pontas de pulverização com diferentes vazões,  da  série  Teejet®  TT  cali- bradas para gerar gotas de categoria média – 236 a 340 mm (ASABE, 2009).

Foi utilizado um pulverizador tratorizado, com os bicos espaçadas em 0,50 m.

A avaliação dos impactos de gotas/cm2 em alvos artificiais (Figura 1a), na aplicação realizada no estádio R1 + 18 dias, mostrou que no terço inferior das plantas, o aumento no volume de calda incrementou a deposição de gotas em 7,0 vezes quando o volume de calda passou de 40 para 160 L/ha. 

Foram observadas variações de até 120%, quando o volume  passou de 40 para 70 L/ha e de 82% quan

do se comparou 100 L/ha com 70 L/ha. O maior volume (160 L/ha) apresentou maior número de gotas/cm2 (25% superior ao volume de 130 L/ha).

No terço superior das plantas, não se observou diferenças significativas no número de gotas/ cm2, entre 130 e 160 L de calda/ha. A redução do volume de 160 para 40 L/ha reduziu em 47% o número gotas/cm2, sendo as maiores reduções observadas quando passou- se de 130 para 100 L/ha e de 100 para 70 L/ha, acarretando reduções de 18% e de 26% no número de gotas/cm2.

A cobertura da superfície foliar (Figura 1b) também foi influenciada pelo volume de calda pulverizado, com variações de até 13 vezes no terço inferior, cinco vezes no terço médio e duas vezes no terço superior das plantas.

Constatou-se que ao longo do perfil das plantas ocorrem reduções quanto à cobertura da superfície foliar, com decréscimo  de  nove  vezes na comparação do terço superior com o terço médio, cinco vezes na comparação do terço médio com o inferior e até 45 vezes, levando em consideração o terço superior em relação ao inferior.

Observa-se que os maiores gradientes ocorrem nos menores volumes de calda, entre 40 L/ha e 100 L/ha, frente aos baixos níveis de cobertura alcançados na porção inferior e média da planta.

O volume de calda pulverizado afeta o número de gotas/cm2 e a cobertura da superfície foliar, tendo como reflexo a influência sobre o controle da ferrugem asiática da soja (Figura 2).

Entre o menor e o maior volume de pulverização, houve variações de controle da doença de até 6,5 vezes no terço inferior, 3,3 vezes no terço médio e 1,3 vezes no terço superior. À medida que se aumentou o volume de calda, otimizou-se os níveis de controle da ferrugem asiática, associado principalmente a cobertura da superfície foliar, em especial no terço inferior da planta.

Os baixos valores de cobertura foliar e de controle da ferrugem asiática obtidos com os menores volumes de calda refletiram no rendimento de grãos (Tabela 2), com diferenciais de até 967 kg/ ha. Constatou-se que as maiores diferenças no rendimento ocorreram entre 40 e 100 L/ha, com similaridade entre 130 e 160 L/ ha.

Do ponto de vista de participação  no  rendimento,  observou-se maior equidade de distribuição nos volumes de 130 e 160 L/ha, quando o terço inferior mostrou-se responsável por cerca de 18% do rendimento, o terço médio 44% e o terço superior por 38%. À medida que reduziu-se o volume de calda, os terços inferior e médio reduziram sua participação relativa no rendimento, em virtude dos maiores danos provocados pela ferrugem asiática.

Nesses casos, a maior participação no rendimento esteve atrelada ao terço superior, local de maior deposição de gotas, cobertura da superfície foliar e controle da ferrugem asiática proporcionada pelos baixos volumes de pulverização. 

Concluiu-se que ao utilizar pulverizações com gotas de categoria média e volumes de calda abaixo de 130 L/ha em aplicações de fungicidas para o controle da ferrugem asiática da soja, a cobertura dos alvos nos terços médio e inferior é prejudicada, o que reduz o controle da doença e o rendimento de grãos da cultura. Quanto menor o volume de calda utilizado, menor é a participação relativa do terço inferior das plantas de soja no rendimento de grãos da cultura.

ENSAIO 3: Interações entre cultivares de soja e volumes da calda de fungicida para o controle da ferrugem-asiática3

Autora: Bianca de Moura

O trabalho objetivou comparar o controle da ferrugem-asiática e o rendimento de grãos em fun- ção do volume de calda fungicida e ponta de pulverização em diferentes cultivares de soja.

Utilizou-se duas cultivares hiperprecoces (NS 5445 e Pioneer 95R51) de hábito indeterminado; duas de ciclo precoce (BMX Ativa RR – hábito determinado e BMX Elite IPRO – hábito indeterminado) e duas cultivares tardias (NS 6209 RR e FPS Urano RR), de hábito determinado. Para as aplicações de fungicidas, com dois volumes de calda (50 e 120 L/ha), foi utilizada uma secção da barra de um pulverizador tratorizado, com seis bicos espaçados em 0,50 m.

Nas aplicações com 50 L/ha foram utilizadas pontas de pulverização de jato cônico vazio  Jacto®  JA-1,  à  pressão  de  400 kPa (4,0 bar). Para aplicar 120 L/ ha utilizou-se pontas de jato plano Teejet® XR 110015, sob pressão de 300 kPa (3,0 bar). Ambas as pontas originaram espectros de gotas finos – 106 a 235 mm (ASABE, 2009).

Na primeira aplicação (08/01/2016) a calda foi composta por 400 mL/ha do fungicida trifloxistrobina + protioconazol acrescido do adjuvante éster metílico de óleo de soja (Aureo®) a 0,25% v/v.

A segunda e terceira aplicações foram realizadas  nos  dias  22/01 e 05/02, sendo ambas compostas por 200 g/ha do fungicida azoxistrobina + benzovindiflupir acrescido de óleo mineral (Nimbus®) a 0,5% v/v. Nas cultivares de ciclo mais longo, NS 6209 e FPS Urano, foi realizada uma quarta aplicação em 25/02, repetindo-se o fungici- da da primeira aplicação.

Para as cultivares NS 5445, P 95R51, BMX Elite e NS 6209, as aplicações com volume de 120 L/ ha resultaram em controle superior às aplicações com 50 L/ha (Tabela 3). Já, para as cultivares BMX Ativa e FPS Urano, que apresentaram menor estatura do que as demais, não houve diferenças significativas entre os volumes. 

Quanto ao rendimento de grãos, não foram observadas diferenças significativas entre os dois volumes. Nas cultivares hiperprecoces (NS 5445 e P 95R51) os ga- nhos devido a utilização de fungi- cidas foram menores, ocorrendo o contrário com as cultivares tardias (NS 6209 e FPS Urano) e com a precoce BMX Ativa. Todos os trata- mentos se diferenciaram da teste- munha (Tabela 3).

Concluiu-se que em cultivares de estatura média, sob condições ambientais adequadas, a utilização de pontas de pulverização de jato cônico vazio (volume  de 50 L/ha) proporciona controle da ferrugem similar ao uso de pontas de jatos planos (120 L/ha).

Em cultivares de soja com estatura de plantas acima de 70 cm, aplicações de fungicidas com volume de 120 L/ha superam o controle em até 24% em comparação à aplicações com volume de 50 L/ha. Apesar das diferenças encontradas para o controle da ferrugem, não houve diferenças significativas em produtividade entre os volumes comparados.

ENSAIO 4: Volume de calda e tamanho de gota fixos e variáveis no controle da ferrugem-asiática em cultivares de soja com distintos índices de área foliar4

Autora: Amanda Chechi

O objetivo do trabalho foi verificar o efeito da utilização de volumes de calda e espectros de gota fixos e variáveis, no controle químico da ferrugem-asiática em cultivares de soja com distintas áreas foliares. O ensaio foi conduzido na safra 2016/2017, com duas cultivares de soja com diferentes índices de área foliar (IAF) [BMX Lança (IAF < 6.0) e BMX Garra (IAF > 6.0)].

Foram combinados três volumes de calda (70, 110 e 150 L/ha) e dois espectros de gota (fino e médio), fixos e variáveis. Para gerar gotas finas utilizou-se pontas Tee- jet® XR 11001 a 2,0 bar (70 e 110 L/ha) e XR 110015 a 3,0 bar (150 L/ ha) e para gotas médias pontas Teejet® TT 11001 a 2,0 bar (70 e 100L/ha) e TT 110015 a 3,0 bar (150 L/ha). 

Aplicou-se os fungicidas trifloxistrobina + protioconazol (60 

+ 70 g i.a./ha), mancozebe (1125 g i.a./ha) mais o óleo vegetal composto por éster metílico  de  óleo de soja (0,25% v/v) aos 48, 66 e 84 dias após a semeadura (DAS).

Para ambas as cultivares, a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) na testemunha sem a aplicação de fungicidas, acumulou o maior número de unidades da doença ao final do ciclo da cultura, seguido pelos tratamentos contendo o volume de calda fixo de 70 L/ha com ambos os tamanhos de gota (Tabela 4).

Na cv. BMX Lança (IAF máximo de 5,8), os tratamentos com menor acúmulo de doença (maior controle) foram aqueles com aplicações de volumes crescentes de calda e gotas finas na segunda e terceira aplicações, da mesma forma que o uso fixo de 150 L/ha de calda e gotas finas.

Para o rendimento de grãos, os mesmos tratamentos se destacaram, com a adição daquele com o volume fixo de 110 L/ha e gotas finas e 150 L/ha com gotas médias.

Com a cv. BMX Garra (IAF máximo de 7,1) quanto a AACPD e ao controle da ferrugem, destacaram-se os tratamentos com taxa de aplicação fixa de 150 L/ ha, tanto com o uso de gotas finas ou médias.

Quanto ao rendimento de grãos, os melhores resultados foram os tratamentos com volumes fixos de 150 L/ha, tanto com gotas finas quanto médias. Os demais tratamentos foram inferiores aos citados anteriormente, mas superiores àqueles com o menor volume de calda com ambos os tamanhos de gota, que apenas superaram a testemunha.

Concluiu-se que os volumes de calda menores implicam em menor controle da doença e menor rendimento de grãos e que tamanhos de gota e volumes de calda devem ser ajustados de acordo com a área foliar da cultura no momento da aplicação.

Considerações finais

Os autores dos trabalhos aqui relatados entendem que para obter os melhores resultados biológicos, os volumes de calda empregados nas pulverizações de fungicidas para o controle da ferrugem asiática da soja devem ser ajustados à arquitetura e estatura das plantas e ao seu IAF no momento da aplicação e via de regra não deveriam ser inferiores a 120– 130 L/ha, especialmente quando existem na calda fungicidas protetores (multissítios).

Estas considerações encontram respaldo em diversos trabalhos realizados em diferentes ambientes produtivos.

Entretanto, para cultivares de soja com menor estatura e IAF, sob condições de temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento adequadas no momento das pulverizações, podem ser realizadas aplicações de fungicidas eficazes com volumes de calda menores, desde que sejam utilizadas pontas de pulverização e regulagens corretas, em combinação com adjuvantes que proporcionem proteção das gotas contra a deriva e adequado espalhamento das mesmas sobre o alvo.

Quando a redução dos volumes de pulverização é justificada pela necessidade de aumentar a capacidade de trabalho das máquinas aplicadoras, convém lembrar que o custo máquina representa em torno de 20 % do custo total de um tratamento com inseticidas e fungicidas. Então, poupar no componente responsável por 1/5 do custo e comprometer o desempenho dos produtos (4/5 do custo de um tratamento) parece não ser a melhor alternativa.

Ainda, havendo a necessidade de aumentar a capacidade de trabalho das máquinas aplicadoras, algumas medidas importantes incluem a redução dos tempos perdidos com o deslocamento das mesmas para o reabastecimento e preparo da calda.

Nesse sentido, máquinas auxiliares, que realizam a homogeneização e a transferência de calda pronta para o tanque dos pulverizadores, podem aumentar a capacidade de trabalho destes em 20 a 30%, sem reduzir excessivamente o volume de aplicação. 

1Trabalho apresentado e publicado nos anais do VII SINTAG – 14 a 16 de setembro de 2015 – Uberlândia/MG.

2Parte do Capítulo 1 da Dissertação de Mestrado em Agronomia (PPGAGRO/UPF) do autor (maio, 2017). Disponível em: http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1267

3Parte do Capítulo 1 da Tese de Doutorado em Agronomia (PPGAGRO/UPF) da autora (Julho, 2018). Disponível em: http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/1474

4Parte do capítulo 1 da Tese de Doutorado em Agronomia (PPGAGRO/UPF) da autora (Julho, 2019). Disponível em http://tede.upf.br:8080/ jspui/handle/tede/1767

Referências

AMERICAN SOCIETY   OF   AGRICULTURE   AND   BIOLOGICAL   ENGINEERS   -   ASABE,   S572.1.   Spray   Nozzle Classification by Droplet Spectra, ANSI/ASAE Standard 572.1 2009.03.01. St. Joseph, MI: ASABE. 3 p. 2009.